quarta-feira, 20 de abril de 2011

Projeto: Respeito à diversidade na escola


Objetivos
- Geral Estimular intervenções individuais e coletivas contra atitudes preconceituosas. 
- Para a equipe diretiva e a coordenação pedagógica Criar condições necessárias para que as ações sejam realizadas. 
- Para os professores Definir conteúdos, atividades e abordagens metodológicas que tratem a cultura negra de modo transdisciplinar. 
- Para os alunos Compreender a diversidade étnico-racial e respeitá-la. 
- Para os funcionários Participar de ações educativas que visam melhorar o comportamento de todos com relação à diversidade. 
- Para os pais Colaborar com as ações propostas pela escola e, assim, desenvolver atitudes de respeito à diversidade étnica e racial. 

Conteúdos de Gestão Escolar
- Administrativo Levantamento dos perfis dos alunos, elaboração de questionários, tabulação dos dados e organização de atividades. 
- Comunidade Estímulo à reflexão sobre o tema. 
- Aprendizagem Estudo da cultura afrobrasileira e das semelhanças e diferenças entre grupos étnicos existentes na escola. Elaboração de estratégias de combate à discriminação para a formação continuada dos professores. 

Tempo estimado
Um ano. 

Material necessário
Livros didáticos e de literatura, filmes, murais, sequências didáticas, caderno de anotações compartilhado entre todos, questionários de diagnóstico, acompanhamento e avaliação. 

Desenvolvimento
1ª etapa Diagnóstico
Com base nas fichas de matrícula dos alunos e entrevistas iniciais feitas com os pais, prepare um levantamento do perfil dos alunos da escola. Reserve um horário de formação para apresentar aos professores esse material e leve também os relatos das atitudes preconceituosas observadas na escola sem dar nomes nem fazer julgamentos. Peça que todos respondam a um questionário com perguntas sobre a cultura negra e o modo como o racismo se manifesta. Todas as informações devem ser tabuladas e servirão de base para o planejamento pedagógico. 

2ª etapa Participação dos funcionários 
Todos devem ser envolvidos no projeto desde o início. Marque uma reunião com os funcionários do serviço de apoio para falar sobre o trabalho que será desenvolvido na escola. Afirme que a participação deles é fundamental para que a escola se torne um lugar de respeito à diversidade. Peça que os diferentes grupos de funcionários escolham uma maneira de participar e elaborem uma ação pontual sobre o tema. No CMEB Mário Leal Silva, cada grupo ganhou um mural para desenvolver o trabalho. As merendeiras, por exemplo, preencheram o espaço com receitas africanas que passaram a preparar na cantina. 

3ª etapa Envolvimento dos pais
As perguntas a respeito do racismo na escola devem ser feitas também aos pais para que eles relatem situações nas quais eles ou os filhos vivenciaram situações discriminatórias. Mande um questionário para que eles respondam em casa. Tabule os resultados e exponha-os em uma reunião do Conselho Escolar, onde todos podem debater o assunto e pensar em maneiras de evitar que atitudes preconceituosas voltem a ocorrer. Pelo menos duas vezes ao ano, promova um encontro de pais e peça que cada um traga elementos de sua cultura (como objetos de artesanato) para que sejam compartilhados com o grupo. Discuta a responsabilidade que todos têm na manutenção de um convívio sem preconceitos e exponha as ações que a escola desenvolve contra a discriminação. 

4ª etapa Encontros de estudo
Com a análise dos diversos questionários que foram feitos, agende reuniões com a equipe pedagógica para discutir um plano de trabalho e elaborar propostas. No início, apresente um trecho de um filme que tenha alguma situação de preconceito. No CMEB Mário Leal Silva, a diretora, Mônica Louvem, apresentou O Triunfo, que trata da hostilização contra alunos pobres e negros e das ações de um professor para mudar isso. Debata as soluções encontradas pelo personagem. O obejtivo é fazer com que o grupo formule sugestões para serem colocadas em prática. Devem surgir algumas ideias, como eleger um dia da semana para o estudo de diferentes culturas - africana, europeia, oriental ou indígena - ou ainda promover momentos de leitura em conjunto com alunos e funcionários para a compreensão da diversidade étnica. 

5ª etapa Definição de conteúdos disciplinares
Sob a orientação do coordenador pedagógico, os professores devem introduzir conteúdos ligados à cultura africana no planejamento das aulas, como a leitura de textos e a análise de pinturas e desenhos e a posterior produção (que pode ser exposta nos murais da escola). Outra sugestão é oferecer atividades pedagógicas no contraturno. 

6ª etapa Documentação e acompanhamento 
A equipe de gestão deve acompanhar de perto as atividades. Ao longo do projeto, os relatos de pais, funcionários e professores devem ser registrados em um caderno de anotações que será compartilhado entre todos. Os alunos podem documentar as medidas que consideram importantes para combater o preconceito. Sempre que houver manifestações de racismo, é importante fazer uma reunião com os envolvidos - sejam eles professores, pais, funcionários ou alunos. O diálogo entre as partes, com intermediacão de uma terceira pessoa, é a melhor solução para os problemas de discriminação. 

Avaliação
As atitudes preconceituosas devem diminuir na escola. Ao fim de um período, toda a comunidade pode responder a um novo questionário: que contribuições o projeto está trazendo para o trabalho e o cotidiano? Que mudanças foram observadas? Quais atividades você considera de maior relevância? As respostas servirão de orientação para novas práticas.


Fonte: Revista Nova Escola - Editora Abril


"A organização dos espaços físicos e pedagógicos escolares ligados a uma proposta significativa da educação, considerando a diversidade das escolas brasileiras"

Nos dias de hoje precisamos considerar o espaço escolar como um local privilegiado, onde possa abranger toda a sua magnitude tendo como alvo principal sua diversidade, um espaço considerando a interação, a prática do lazer e a cultura; sem preconceitos, oferecendo para a comunidade um ensino de qualidade e principalmente sendo uma escola inclusiva.
Pois ainda em dias atuais sentimos uma resistência por parte de alguns educadores que não estão preparados para lidar com as diferenças enfrentadas no cotidiano escolar.

"Não existem receitas, tão pouco fórmulas mágicas para a construção/criação de ambientes inclusivos, pois essas dizem respeito a um coletivo de ações em que todos os membros da escola devem estar unidos na busca de um mesmo objetivo"(UMESP. Guia de estudos. Pensando o espaço e o processo pedagógico na escola. São Paulo:Metodista, 2011.)

Sabemos que ainda estamos longe de ter uma escola com igualdades, mas precisamos criar condições para que haja uma escola que reconheça e inclua em sua pedagogia as diferenças sociais, culturais e econômicas dos alunos, onde possa repensar o seu currículo para uma educação democrática, sendo assim uma escola única e para todos.

                               

quarta-feira, 13 de abril de 2011

"A educação na diversidade"

O objetivo inicial deste blog foi atender um requisito parcial para obtenção do título de Pedagogia exigido pela Faculdade, entretanto notamos a real importância em se falar de um tema tão complexo e ao mesmo tempo tão presente no nosso cotidiano escolar.
É fato que em todas as escolas, não somente pública como também particulares, lidamos com todos os tipos de diversidades, como exclusões por: preconceito racial, social e físico.
Essas diversidades podem causar sérios problemas psíquicos que acarretam em trajédias, como o ocorrido na cidade de Realengo/RJ, um rapaz que já tinha distúrbio mental, após sofrer bullying cometeu uma série de assassinatos e logo depois se suicidou, isso anos após ser ridicularizado pelos colegas escolares. Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos -o atirador, voltou na mesma escola que era alvo de chacotas e matou adolescentes inocentes.
Segue link da notícia completa: http://aceveda.com.br/blog/?p=28011.
                            
Temos a certeza que nada justifica tamanha crueldade, mas podemos ter a consciência de que temos que trabalhar esse lado da diversidade escolar, pois se os discentes e docentes aprenderem a trabalhar as diferenças, daremos um grande passo para o sucesso escolar.